segunda-feira, 31 de outubro de 2022

ALEXANDRE MOREIRA PINTO

 

ALEXANDRE MOREIRA PINTO – PATRIARCA DA FAMÍLIA MOREIRA PINTO DA REGIÃO OESTE POTIGUAR

Alexandre era natural da Fazenda São Brás de Baixa, à época uma grande fazenda de seu pai de nome Alexandre Moreira Pinto, encravada na Freguesia de Martins, posteriormente pertenceu ao município de Alexandria e atualmente pertence ao município de Tenente Ananias, criado pela Lei nº 2.758, de 10 de maio de 1962. Nascido no dia 05 de agosto de 1767 e falecido em 13 de setembro de 1855. Casou-se em 27 de outubro de 1805, com Anna Martins da Silveira, filha de Mathias Fernandes Ribeiro, com uma prole de 17 filhos, entre eles, Manoel Moreira da Silveira (22/12/1808 – 02/10/1862), este bisavô de Chiquinho Germano e pai do Alferes João Germano da Silveira, este avô de Chiquinho e pai de Francisco Germano da Silveira, pai do biografado.
De acordo com o livro “Memorial da Família” – Pesquisa genealógica, de João Bosco Fernandes, (Uiraúna, 08/03/1942), com co-participação de Antônio Fernandes Mousinho (Luiz Gomes/RN), 23/11/1916 – Recife/PE, em 10/11/2001) – Helley S/A – Gráfica e Editora (1994), fls. 172, 173 e 174, diz o seguinte:
“O casamento, por motivos especiais, realizou-se na matriz de Santo Antônio do Piancó, celebrado pelo Padre José Felix, com autorização do então Visitador Antônio José de Carvalho que, na oportunidade, encontrava-se na região. Anna Martins, natural da Serra de Martins; Alexandre, da Fazenda São Brás; ambos da freguesia de Pau dos Ferros, ribeira do Apodi, termo da Vila de Portalegre, província do Rio Grande do Norte, Capitania da Paraíba.
Era Alexandre Moreira Pinto moço, solteiro e rico, das cabeceiras do São Brás. Figura influente em Pau dos Ferros, seja nos negócios religiosos como nos políticos, tendo prestado grandes serviços à igreja. Existia, a esse tempo, o Capitão Mathias Fernandes Ribeiro, fazendeiro em Curral Velho e proprietário em Cruz d’Alma, na Serra de Martins. Nas festas e reuniões sociais de Pau dos Ferros, Alexandre enamorou-se de Anna Martins, mas isso não foi do agrado da família dela, por não quererem “uma pessoa sua casada com um caboclo do São Brás”. Não se sabe se ele a pediu em casamento, certo é que resolveu rapta-la. Um dia, regressando de uma festa de Pau dos Ferros, viajava Anna Martins na garupa de um cavalo com o seu irmão José Martins Ribeiro, quando Alexandre se aproximou e lhe entregou às escondidas uma carta, convidando-a para com ele se casar.


Aceito o convite, marcaram o dia em que ele a tiraria da Cruz d’Alma. Descoberta a fuga, saíram os irmãos dela em seu encalço, mas não os alcançaram. Ao chegar ao São Brás, Alexandre, que era quase tão abastado quanto ao sogro, seguiu com a noiva para Piancó, onde se encontrava o Visitador da diocese de Pernambuco, que autorizou ao Padre José Felix a realização do casamento. Conta-se que ao saírem os debutantes da igreja, já casados, chegaram os impedimentos por parte da família da noiva. Tudo, porém, fora de tempo. Alexandre voltou ao São Brás e nunca se curvou aos parentes da mulher, pois era tão independente quanto eles. Julgavam-se estes ofendidos, particularmente o José Martins, pela afronta que sofrera. Resolveu, então, o José Martins contratar os serviços de um cunhado, João Francisco de Queiroz Sampaio, filho da Anna Martins Lacerda, sua tia e casado com sua irmã Joana Martins, para que tirasse a vida de Alexandre. O Sampaio veio a Luiz Gomes e preparou uma emboscada, em frente à casa da Intendência, onde Alexandre Amarrava seu cavalo à sombra dos cajueiros. Aí sofreu grave atentado à bala de mosquete que, felizmente, não lhe foi mortal. Durante a convalescença, muitos amigos se ofereciam para matar o Sampaio, mas Alexandre sempre dizia: mate-o Deus”.


Recuperado, passou a criar os filhos na prática do bem, até que, anos depois, o próprio Mathias reconheceu as qualidades de Alexandre e foram feitas as pazes. Sampaio, o malfeitor, foi quem rebelou-se com a família, indo embora para Pajeú. Certo dia, de lá regressando, recebeu, não se sabe de onde, um tiro de emboscada, vindo a morrer incontinenti”.

ALEXANDRE MOREIRA PINTO

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